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Data: 28/09/2015
Em julgamento que durou aproximadamente 12h nesta quinta , 24, o corpo de jurados da 1ª Vara do Júri da Capital condenou os irmãos José Edil da Silva Bilhalva e Cléber da Silva Bilhalva a 32 anos de prisão, cada um, em regime inicial fechado. Eles não terão direito de recorrer em liberdade. No julgamento, a acusação foi realizada pelo Promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim. Os dois foram considerados culpados pelo assassinato de Franciele Ferreira Crapanzani, morta aos 24 anos, em 2009.
A dupla foi condenada por homicídio triplamente qualificado. Eles praticaram o crime mediante meio cruel, uma vez que foram desferidos golpes com instrumento perfuro–inciso cortante e contundente, com o intuito de prolongar o sofrimento da jovem, que foi mantida em cativeiro, humilhada, torturada psicologicamente, para finalmente ser executada. O recurso que dificultou a defesa da vítima ficou evidente pela superioridade numérica e de armas dos réus. Ainda, restou comprovado que o homicídio foi cometido para assegurar a impunidade do delito de estupro (ocorrido duas vezes). Eles também foram condenados pelos crime de cárcere privado e ocultação de cadáver.
O CASO
Às 6h45min do dia 8 de agosto de 2009, um sábado, a dupla, a mando do já falecido Leandro Noal da Rosa (conhecido como Carioca) e com auxílio de um adolescente, raptaram Franciele enquanto ela ia para uma autoescola, onde estava fazendo aulas. Carioca e o adolescente obrigaram-na, com uso de arma, a acompanhá-los até um cativeiro. No local, José Edil Bilhalva e Cléber Bilhalva, além do adolescente e de Carioca, despiram a jovem, amarraram-na, ameaçaram-na com facas e armas de fogo, para que mantivesse relações sexuais com eles por duas vezes durante aquele final de semana.
A jovem foi morta com um tiro na cabeça. O corpo foi localizado em um matagal na Rua Giobatta Giuseppe Petracco, bairro Nonoai, em Porto Alegre na segunda-feira seguinte ao seu desaparecimento, 10 de agosto.
Fonte: www.mprs.mp.br