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Data: 12/04/2019
A Justiça do Rio recebeu novas denúncias contra os acusados de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Além da ação de homicídio triplamente qualificado, o sargento da Polícia Militar reformado Ronnie Lessa vai responder também pelo crime de comércio ilegal de arma de fogo, e o ex-policial militar Élcio Queiroz, por posse ilegal de arma de uso restrito.
O novo processo contra Ronnie, apontado pelo Ministério Público como o autor dos disparos contra a vereadora, é resultado da apreensão de 117 componentes de fuzil, acessórios como miras e supressores de ruído, além de mais de 360 munições e uma arma calibre 22 na casa de Alexandre Motta de Souza, amigo do sargento reformado.
O próprio Ronnie, ao ser interrogado, admitiu que o material era dele. Alexandre, que cumpre prisão preventiva, passa a ser réu na mesma ação que o sargento, acusado de posse ilegal de arma de fogo. O processo contra os dois será julgado pela 40ª Vara Criminal do Rio.
Já a denúncia contra o ex-policial militar Élcio Queiroz foi distribuída para a 32ª Vara Criminal. Durante a operação policial realizada na madrugada do dia 12 de março, a polícia encontrou, dentro do armário do quarto da casa dele, uma pistola Glock, calibre ponto 380, com cinco carregadores e quarenta e seis munições; e uma outra pistola, Taurus, calibre ponto 40, com três carregadores e setenta e duas munições, de uso proibido ou restrito.
Segundo a denúncia, no carro que era usado por Élcio na hora da prisão (um Renault Logan de cor prata), foram encontradas, embaixo do banco do carona, oito munições de fuzil, calibre ponto 556, embaladas em saco plástico, também de uso proibido ou restrito.
Na semana passada, Ronnie e Élcio foram transferidos do Rio de Janeiro para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.